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‘Ensinar a ler e escrever é um ato de amor’, diz professora com 46 anos de carreira em Santarém

Professora Terezinha compartilha um pouco da sua experiência como educadora Nesta sexta, 14 de novembro, dia nacional da Alfabetização, G1 trás uma matéria...

‘Ensinar a ler e escrever é um ato de amor’, diz professora com 46 anos de carreira em Santarém
‘Ensinar a ler e escrever é um ato de amor’, diz professora com 46 anos de carreira em Santarém (Foto: Reprodução)

Professora Terezinha compartilha um pouco da sua experiência como educadora Nesta sexta, 14 de novembro, dia nacional da Alfabetização, G1 trás uma matéria sobre uma professora que já trabalha nesta área há décadas e possui um carinho especial pela educação. Com 46 anos dedicados ao magistério, a professora Terezinha de Jesus Dias Pacheco carrega no olhar a emoção de quem já viu centenas de alunos darem seus primeiros passos na leitura. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp A trajetória dela começou em 1979, após concluir o magistério. Formada em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA), ela também foi professora formadora na instituição e continua orientando futuros docentes por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). Ao relembrar as primeiras turmas, Terezinha conta que a alfabetização sempre foi mais do que ensinar o alfabeto é uma forma de libertar. “Ver uma criança, um adolescente ou um adulto começando a ler é uma grande emoção. Penso: ‘esse vai realizar os seus sonhos e exercer a sua cidadania’”, disse. Ela destaca que os desafios atuais nas salas de alfabetização são muitos, desde a falta de atenção dos alunos até a escolha do método adequado. “Hoje o professor precisa estar cada vez mais preparado, participando de cursos e formações constantes. É um trabalho que exige amor, dedicação e atualização”, afirmou. Terezinha de Jesus Dias Pacheco-Professora da UFOPA e docente há 46, sendo 16 trabalhando com alabetização Arquivo Pessoal Para Terezinha, a alfabetização é um divisor de águas na vida de qualquer pessoa e reflete diretamente no desenvolvimento social. “Saber ler e escrever proporciona liberdade, autonomia e acesso a todas as formas de conhecimento. Quem domina a leitura e a escrita pode ocupar espaços, discutir problemas sociais e transformar o seu entorno”, explicou. Ela também defende que políticas públicas mais eficazes podem fortalecer o processo de alfabetização, especialmente na rede pública. Citou programas como o Plano Nacional de Educação (PNE), Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que, segundo ela, poderiam ser melhor aplicados. “Se esses programas valorizassem mais a realidade regional e a cultura local, fariam muita diferença na qualidade da alfabetização na Amazônia”, pontuou. Terezinha acredita que a tecnologia trouxe avanços e desafios. “A escrita abreviada e o uso indevido das redes sociais atrapalham a ortografia, mas, por outro lado, o acesso rápido à informação, aos dicionários digitais e às aulas online são aliados do aprendizado”, disse. Neste Dia Nacional da Alfabetização, a professora deixa uma mensagem que resume sua visão de vida e de profissão: “Primeiro toda criança tem direito a educação está na constituição federal e também na declaração dos direitos humanos. Segundo estamos aqui nesse mundo, nessa dimensão para melhorarmos a nossa condição humana e um dos preceitos que devemos difundir é o amor ao próximo. Ensinar a ler e escrever é um ato de amor. Aprendi a ler com os meus pais. Eles que me ensinaram a ler e a escrever. Quando fui pra escola já estava alfabetizada, como se diz hoje letrada. Eu já tinha um bom nível de letramento. Então pais em professores procurem ensinar seus filhos e seus alunos a desenvolverem o seu grau de letramento. Na escola mostrem o conteúdo que ele deve aprender. E em casa acompanhem as tarefas escolares, porque isso ajuda o estudante a fixar os conteúdos e realmente aprendê-los. Se assim fizermos estaremos contribuindo para o crescimento pessoal, espiritual, profissional e intelectual de seus filhos e seus alunos.” VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região